De acordo com os números divulgados pela Impresa esta quinta-feira, nos primeiros seis meses de 2014 o grupo teve «cerca de 25 mil clientes digitais». Na prática, isto dá pouco mais de quatro mil vendas por mês. Uma gota de água.
O comunicado explica pouco sobre os números do Expresso Diário, mas é justo dizer que passaram apenas dois meses, é cedo. Mesmo se o Expresso online registou em junho menos visitas do que em abril, de acordo com o ranking netscope, o que não é o mais saudável dos sinais.
O aspeto mais preocupante das contas apresentadas na área de imprensa é mesmo a margem, quase inexistente: 3,8 por cento. A publicidade voltou a cair e a circulação também.
Esta tendência de queda que se regista sobretudo na imprensa torna difícil para toda a gente perceber qual a estrutura adequada às receitas, pelo simples facto que as receitas ainda não estabilizaram.
Duvido que alguém na imprensa seja capaz de responder a uma pergunta que deveria ser de resposta relativamente simples: qual será a faturação em junho de 2015?
Sem resposta para isto, restam dois caminhos: procurar novas receitas ou cortar custos. Ou tentar as duas coisas. Sem perder músculo, sem perder relevância e deixando cair o menor número possível de leitores e o mais devagar possível.
Uma coisa parece certa: nenhum jornal conseguir mudar para o digital no tempo certo e por isso é natural que nenhum deles veja surgir dali a receita que desejava.
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