segunda-feira, 28 de julho de 2014

O futuro dos novos canais

Nuno Azinheira escreve esta segunda-feira, no Diáriod e Notícias, sobre os pequenos canais do cabo. E revela alguns dados de audiências.

Como se pode ver, alguns canais conseguem «fazer barulho» porque estão montados em cima de marcas fortes (os clubes, por exemplo), mas na realidade são vistos por pouca gente.

Então para que servem?

No passado serviram para os dois principais operadores de cabo, Zon (agora Nos) e Meo, poderem comunicar algo que os diferenciasse do ponto de vista do conteúdo. A audiência não era o mais relevante.

Para os clubes, a televisão foi uma forma de alargar a sua voz (eles pelo menos acreditam nisso...) ou de tentar uma nova forma de negócio, no caso do Benfica:

Para algumas empresas de media, o canal de tv é uma forma de tentar captar publicidade no meio televisivo. Estão nesta lista Diário Económico, A Bola, Correio da Manhã e Caras, marcas de imprensa que procuram agora estar também na tv e produzir vídeo.

Os próximos meses serão importantes para todos estes projetos.

As audiências, já se percebeu, dificilmente crescerão a um ritmo que impressione.

Seja qual for o meio, conquistar público, criar novos hábitos é tarefa difícil (em Portugal, só um projeto tem apresentado crescimentos significativos, mês após mês, ano após ano: a bola online. É um fenómeno tão espantoso que os seus responsáveis deviam partilhar mais dados, para todos podermos aprender...).

Sem audiências relevantes e com custos significativos, o futuro dos canais dependerá da estratégia dos operadores. Será que ainda consideram relevante a diferenciação pelo conteúdo se na verdade os seus clientes pouco apreciam o esforço? Se sim, quanto estão disponíveis a pagar pela diferença? Será que esse valor é suficiente para manter as operações tal como as conhecemos hoje?

As perguntas terão resposta um dia destes.

Sem comentários:

Enviar um comentário